Escrever o silêncio do Brasil: a janela que se abre e nos convida a participar do mistério, da aventura cultural da mestiçagem, sermos iguais em nossas diferenças. Não somos "um", somos "muitos". Reconhecer o outro e suas singularidades é descobrir a nossa origem. O olhar a reunir todas as diferenças, a nos fazer entrar no jogo da vida e criar o novo. Somos o tecido de várias terras, o fogo das imagens na memória das coisas, do movimento que é a vida. O corpo de imagens da minha aldeia é o centro do mundo e representa vários mundos; que cada comunidade possa expressar sua capacidade criativa, assegurando a preservação de cada língua e de cada manifestação cultural, independente de origem e credo. A diversidade e o direito à escolha: o encontro de países, etnias, valores, saberes e sabores. O ser humano em todas as dimensões. Viver essa troca de conhecimentos é uma urgência. Através da poesia podemos recriar esse mundo e ir além de nós mesmos. O mundo e o "outro" batem em nossa janela, propõem um diálogo, o movimento a virar nossas raízes, Kiusam nos convida para encontrar a árvore de nossas raízes, demonstrando ora pelos movimentos, a natureza, aquilo que somos e nos perdemos, ela propõe recuperar a beleza, os valores, o que somos em todas as dimensões e entranhar-nos em nossos corpos: nossa ancestralidade (...) (...) esta ao nosso lado, ao alcance de nossas mãos, basta movimentar-se e se reconhecer em OMO-OBA e iluminar infâncias. Aperte a minha mão e, juntos, entramos dentro de nossas sombras (...) (...) Me deito, no chão mais antigo da terra (...), que outras infâncias se iluminem e se reconheçam em OMO-OBA, histórias de princesas, Kiusam de Oliveira.
José Geraldo Neres
José Geraldo,
ResponderExcluirGosto muito desse espaço virtual de coisas novas e informações interessantes que é o blog "Outros Silêncios". Há aqui o teu constante e necessário empenho pela divulgação da literatura e das artes em geral. Tudo isso é louvor diante de uma realidade de poucos leitores e poucos apreciadores da arte.
Parabéns pela resenha sobre o livro "Omo-Oba", o texto nos passa aquela boa vontade despertada para uma leitura daquelas que a gente coloca em nosso "baú de guardados"...
Um abraço,
Genny
obrigado genny, faz um tempinho que faço divulgação cultural. ainda tento acreditar nesta utopia. creio que não conseguiria ser diferente. e assim vamos caminhando. obrigado pelo comentário (vou encaminhar para a autora), abraços.
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