Governo de São Paulo, Secretaria de Estado da Cultura e Escrituras Editora convidam para a
QUINTA POÉTICA – ESPECIAL RIO DE JANEIRO – 44ª edição
8 de dezembro de 2011 – com início às 19h - na Casa das Rosas (evento gratuito, com sorteio de livros entre os presentes)
Com os poetas convidados: Elaine Pauvolid, Mirian de Carvalho, Paula Wenke, Ricardo Ruiz, Rosane Carneiro, Tanussi Cardoso, Zeh Gustavo.
Participações especiais de Humberto Lima e Samba de Terreiro de Mauá.
Curadoria: José Geraldo Neres
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Casa das Rosas - Espaço Haroldo de Campos
Av. Paulista, 37 - São Paulo/SP
Próximo ao metrô Brigadeiro.
Convênio com o estacionamento Patropi - Alameda Santos, 74
Informações: (11) 5904-4499
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Próxima QUINTA POÉTICA: março/2012, na CASA DAS ROSAS.
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Saiba mais sobre o evento e os convidados:
Quinta poética
Curadoria: José Geraldo Neres
Mensalmente, a Casa das Rosas - Espaço Haroldo de Campos de Poesia e Literatura abre suas portas para a Quinta Poética, um grande encontro dos amantes da boa poesia, com a presença de poetas consagrados e novos talentos, que têm a oportunidade de apresentar seu trabalho por meio de intervenções artísticas das mais diferentes expressões, como dança, música, artes plásticas, cultura popular, envolvem a leitura dos poemas. Grandes nomes da poesia já estiveram presentes nesses encontros, que são promovidos pela Escrituras Editora e a Casa das Rosas - Espaço Haroldo de Campos de Poesia e Literatura.
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Os poetas:
ELAINE PAUVOLID. Publicou quatro livros de poesia, entre eles O silêncio como contorno da mão (Editora Multifoco, Selo Orpheu, 2011). Mantém o blog: www.jokasta.org, diálogos entre poesia e artes visuais, outra atividade a qual tem se dedicado.
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MIRIAN DE CARVALHO. Publicou seis livros de poesia, entre eles Violinos de Barro (Escrituras Editora, 2009), classificado em 1º lugar no Prêmio Adalgisa Nery, UBE-RJ, 2010.
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PAULA WENKE. Publicou Zoom in Zoom out. Atriz, poeta, cronista, roteirista e publicitária. Graduada em Artes Cênicas pela Universidade de Brasília e é licenciada pelo MEC para formar atores.
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RICARDO RUIZ, poeta, historiador e produtor cultural. Publicou Poesia Profana (Ibis Libris, 2000). Coordenou os eventos: República dos Poetas (solo), PoemaShow (com Tavinho Paes) e Ponte de Versos (com Thereza Motta).
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ROSANE CARNEIRO. Publicou Excesso (edição da autora, 1999) Prova (Ibis Libris, 2004) e Corpo estranho (Editora da Palavra, 2009). É editora, redatora e mestre em Literatura Brasileira pela Universidade Federal do Rio de Janeiro.
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TANUSSI CARDOSO. Poeta, contista, crítico literário, letrista, jornalista. Publicou nove livros de poesia, entre dezenas de antologias, sendo o último, bilíngue, "Do Aprendizado do Ar", Ed. Fivestar.
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ZEH GUSTAVO. Músico e escritor. Publicou, entre outros títulos, Idade do Zero (Escrituras Editora, 2005) e A Perspectiva do Quase (Arte Paubrasil, 2008). É membro do grupo de samba Terreiro de Breque.
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PARTICIPAÇÕES ESPECIAIS:
HUMBERTO LIMA. Violonista erudito e popular, vencedor do XIII Concurso de Violão Souza Lima na categoria música de câmara, e atual produtor musical da cantora e compositora de MPB Helena Elis.
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SAMBA DE TERREIRO DE MAUÁ. Trazem no sangue a linhagem do samba de terreiro, cultuado e praticado no Rio Antigo. As referências são as escolas de samba, bem como os registros da Era de Ouro do Rádio. http:// terreirodemaua.blogspot.com /
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CURADORIA:
JOSÉ GERALDO NERES. Poeta, ficcionista, e produtor cultural paulista. Publicou dois livros de poesia: Pássaros de papel (Dulcinéia Catadora, 2007) e Outros silêncios (Escrituras Editora, 2009).
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Escrituras Editora
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Tel.: (11) 5904-4499 (Pabx)
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AGRADECIMENTO (Quinta poética, Especial Rio de Janeiro, 44ª edição): chuva se faz paulista na aquarela do violão-Humberto – pede passagem, pede dedilhar, pede: Lima. Peço silêncio – um quase que seja menino Zeh Gustavo – ele lança chapéu a ignorar o medo dos olhos que fazem as asas do samba; a alçar balões e sangrar. Zeh Gustavo: não nos esqueça, dita o seu tempo. O nosso é um menino folha, e conversar com um caderno em branco. Samba-Zeh. Tanussi faz o ar imaginar cego – ele vê o silêncio de Bach – um malabarista a equilibrar o mundo e adiar a morte. O poema é mistério santo a escrever a pele do sol. Nas areias da Avenida Paulista tudo é simples e se faz chuva de meias vermelhas: Celso – entre mim e ele; um abismo imenso de barba grisalha – Uma barba é coisa de se esperar. Elaine pede ao silêncio contornar as nossas mãos, nem sorriso, nem mortalha, diz o nome? Nome? Acompanhe o parto, o mar avesso, a porta, o silêncio dentro da porta. Não somos fortes como a fecha que parte o grito. Silêncio. Elaine. A minha sombra, a nossa sombra: se escondem. Asas quebradas, o espelho, o ar, mar: a paulista não tem. Vendedores de sapatos e moedas lambem quadros e minha cara. Somos poesia e não possuímos fantasmas. Ilhas de Ricardo a olhar histórias de malandragem, de vida. Mutreta: isso pode falar aqui? Ilhas e Ricardo por todos os lados. Ricardo, defesa e ataque, óculos escuros, Ricardo. O Rio é sempre verão, e traz Angola nos braços. Jovem Isidro no relógio que assobia as frescuras das meninas. Ele costura, desenha com calma: os dias vermelhos. Encontro sua semente: estrelas de Angola. Descrevo o corpo, outra semente Rosane, semente com músculos de vento a dialogar com os pássaros e as criaturas da manhã. Dançaria um samba, Rosane, mas o mundo não sabe os passos. Santos movimentos do corpo estranho. Respiro a flor de tudo, a tempestade de folhas, trezentas flores recebem o terreiro de samba, tradicional, com alma de poema carioca. A velha-guarda de sonhos e encantamento: ruas, praças, povo, quebrada de mar, quebrada de morro, movimento circular: olho no olho a reconhecer e se espelhar noutro: somos reis no terreiro de samba de Mauá. Em cada instrumento recebo um caminho.
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