a neblina aparece, sombras caminham sem medo, é o frio que instala na pele, tenho o caminho tenho a rua meus passos são firmes lentos e notícias embrulham nossas rimas: não me assustam, cheguei até aqui, um passo no inferno, mas o frio acompanha, quem apanha? trago a fumaça do apocalipse, os quatro cavaleiros na minha pele. os vermes já tentaram furar minha mente, mas para eles eu mostro minhas correntes: minha lingua afiada, bebo a rua e as quebradas, livros carrego no sangue. traição lido com minha luta. meu corpo é um mapa, é sina, é ferro que não enverga. cicatrizes abertas não negam a luta a batalha. vamos somos a neblina, fumaça tribal, o aço o cromo nossas asas não quebram, o som o terror o jogo: as cartas estão na mesa, nos ossos guardo os mistérios, e uma carta sem endereço remetente, dormir doe os ossos. meus olhos o frio acompanha, vamos sem medo. o som o terror o jogo. vem na rima! aos guerreiros trago o meu sangue. ninguém vai destruir, ninguém. somos a neblina.
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Inédito: Macumbaria Poética - Arte ancestral: é diálogo ancestral, respeito na caminhada!