sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Poesia brasileira: a boa safra de 2010-2011, por Claudio Willer (Rumos literários - Revista E - SESC São Paulo, nº 176, 2011).


Abílio Terra | Afonso Henriques Neto | Andityas Soares de Moura | Augusto de Guimaraens Cavalcanti | Celso de Alencar | Chiu Yi Chih | Claufe Rodrigues | Davi Araujo | Edson Bueno de Camargo | Elizabeth Lorenzotti | Érica Zíngano, Renata Huber e Roberta Ferraz | José Geraldo Neres | Josoaldo Lima Rego | Samarone Marinho 


Segue o artigo completo: 

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

QUINTA POÉTICA - EDIÇÕES DE 2011 - AGRADECIMENTO

Obs.: (esta é uma mensagem de agradecimento, é uma mensagem pessoal para todos e todas que acompanham essa caminhada).

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"Tomo a liberdade de agradecer a todos que possibilitam a realização deste projeto: parceiros, apoiadores, divulgadores, equipe de produção, participantes e etc. Aqui faço um recorte da última edição, e nela agradeço todas edições (com entrada gratuita e aberta ao grande público, sem fins lucrativos e sem investimentos financeiros): mais de quatrocentos produtores culturais de todas linguagens e estéticas de todas regiões país e exterior, obrigado, muito obrigado". 


AGRADECIMENTO (Quinta poética, Especial Rio de Janeiro, 44ª edição): chuva se faz paulista na aquarela do violão-Humberto – pede passagem, pede dedilhar, pede: Lima. Peço silêncio – um quase que seja menino Zeh Gustavo – ele lança chapéu a ignorar o medo dos olhos que fazem as asas do samba; a alçar balões e sangrar. Zeh Gustavo: não nos esqueça, dita o seu tempo. O nosso é um menino folha, e conversar com um caderno em branco. Samba-Zeh. Tanussi faz o ar imaginar cego – ele vê o silêncio de Bach – um malabarista a equilibrar o mundo e adiar a morte. O poema é mistério santo a escrever a pele do sol. Nas areias da Avenida Paulista tudo é simples e se faz chuva de meias vermelhas: Celso – entre mim e ele; um abismo imenso de barba grisalha – Uma barba é coisa de se esperar. Elaine pede ao silêncio contornar as nossas mãos, nem sorriso, nem mortalha, diz o nome? Nome? Acompanhe o parto, o mar avesso, a porta, o silêncio dentro da porta. Não somos fortes como a fecha que parte o grito. Silêncio. Elaine. A minha sombra, a nossa sombra: se escondem. Asas quebradas, o espelho, o ar, mar: a paulista não tem. Vendedores de sapatos e moedas lambem quadros e minha cara. Somos poesia e não possuímos fantasmas. Ilhas de Ricardo a olhar histórias de malandragem, de vida. Mutreta: isso pode falar aqui? Ilhas e Ricardo por todos os lados. Ricardo, defesa e ataque, óculos escuros, Ricardo. O Rio é sempre verão, e traz Angola nos braços. Jovem Isidro no relógio que assobia as frescuras das meninas. Ele costura, desenha com calma: os dias vermelhos. Encontro sua semente: estrelas de Angola. Descrevo o corpo, outra semente Rosane, semente com músculos de vento a dialogar com os pássaros e as criaturas da manhã. Dançaria um samba, Rosane, mas o mundo não sabe os passos. Santos movimentos do corpo estranho. Respiro a flor de tudo, a tempestade de folhas, trezentas flores recebem o terreiro de samba, tradicional, com alma de poema carioca. A velha-guarda de sonhos e encantamento: ruas, praças, povo, quebrada de mar, quebrada de morro, movimento circular: olho no olho a reconhecer e se espelhar noutro: somos reis no terreiro de samba de Mauá. Em cada instrumento recebo um caminho.

Registro fotográfico da edição 44:

Registro fotográfico da edição 40:
https://www.facebook.com/media/set/?set=a.193525747357829.46634.100001012142446&type=1&l=87dcd49962



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Mensalmente, a Casa das Rosas - Espaço Haroldo de Campos de Poesia e Literatura abre suas portas para a Quinta Poética, um grande encontro dos amantes da boa poesia, com a presença de poetas consagrados e novos talentos, que têm a oportunidade de apresentar seu trabalho por meio de intervenções artísticas das mais diferentes expressões, como dança, música, artes plásticas, cultura popular, envolvem a leitura dos poemas. Esses encontros, que são promovidos pela Escrituras Editora e a Casa das Rosas - Espaço Haroldo de Campos de Poesia e Literatura.



Escrituras Editora
www.escrituras.com.br
www.facebook.com/escrituras.editora

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SA— (Força, Senhor) —RA— (Reinar, Movimento) —VÁ (Natureza, Energia). 

AXÉ!

José Geraldo Neres (curador do "QUINTA POÉTICA").

Reforçando: (esta é uma mensagem de agradecimento, é uma mensagem pessoal para todos e todas que acompanham essa caminhada).

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Canto de Xangô

"Eu vim de longe. Hoje vou bater cabeça pra minhas raízes! Salve os Orixás! Nossa ancestralidade. Tem sete cores o amor. Tem sete dias para a gente amar"


Kaô Cabecilê!






Nação Zumbi tocando "Canto de Xangô" de Baden Powell e Vinícius de Morais do disco AFROSAMBAS para programa de covers da MTV. Dirigido por Danilo Bechara.


Saravá & Axé!

Hoje vou bater cabeça

Caboclo caminha na mata de onde vim. Refaz a casa de madeira. Senta na grama da infância: catavento de ervas, trovão, cachoeira, o machado. O silêncio não acorda. Uma rede se joga em minhas mãos – Pesca um pouco d’água! Suas raízes!

SA— (Força, Senhor) —RA— (Reinar, Movimento) —VÁ (Natureza, Energia). AXÉ!

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José Geraldo Neres
blog: http://neres-outrossilencios.blogspot.com