sábado, 28 de maio de 2011

Reconhecer o outro e suas singularidades é descobrir a nossa origem.

Escrever o silêncio da poética do Brasil. O poeta é a janela que se abre e nos convida a participar do mistério, da aventura cultural da mestiçagem, sermos iguais em nossas diferenças. Não somos "um", somos "muitos". Reconhecer o outro e suas singularidades é descobrir a nossa origem. O olhar a reunir todas as diferenças, a nos fazer entrar no jogo da vida e criar o novo. Somos o tecido de várias terras, o fogo das imagens na memória das coisas, do movimento que é a vida. O corpo de imagens da minha aldeia é o centro do mundo e representa vários mundos; que cada comunidade possa expressar sua capacidade criativa, assegurando a preservação de cada língua e de cada manifestação cultural, independente de origem e credo. A diversidade e o direito à escolha: o encontro de países, etnias, valores, saberes e sabores. O ser humano em todas as dimensões. Viver essa troca de conhecimentos é uma urgência. Através da poesia podemos recriar esse mundo e ir além de nós mesmos. O mundo e o "outro" batem em nossa janela, propõem um diálogo.

Um comentário:

  1. Tenho uma grande admiração por este texto.
    Se me permitires, gostaria muito de publicá-lo no meu blog, com o link para "Outros Silêncios", claro.

    "Axé"!

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