segunda-feira, 4 de abril de 2011

LIVRO OMO-OBA: HISTÓRIAS DE PRINCESAS



Escrever o silêncio do Brasil: a janela que se abre e nos convida a participar do mistério, da aventura cultural da mestiçagem, sermos iguais em nossas diferenças. Não somos "um", somos "muitos". Reconhecer o outro e suas singularidades é descobrir a nossa origem. O olhar a reunir todas as diferenças, a nos fazer entrar no jogo da vida e criar o novo. Somos o tecido de várias terras, o fogo das imagens na memória das coisas, do movimento que é a vida. O corpo de imagens da minha aldeia é o centro do mundo e representa vários mundos; que cada comunidade possa expressar sua capacidade criativa, assegurando a preservação de cada língua e de cada manifestação cultural, independente de origem e credo. A diversidade e o direito à escolha: o encontro de países, etnias, valores, saberes e sabores. O ser humano em todas as dimensões. Viver essa troca de conhecimentos é uma urgência. Através da poesia podemos recriar esse mundo e ir além de nós mesmos. O mundo e o "outro" batem em nossa janela, propõem um diálogo, o movimento a virar nossas raízes, Kiusam nos convida para encontrar a árvore de nossas raízes, demonstrando ora pelos movimentos, a natureza, aquilo que somos e nos perdemos, ela propõe recuperar a beleza, os valores, o que somos em todas as dimensões e entranhar-nos em nossos corpos: nossa ancestralidade (...) (...) esta ao nosso lado, ao alcance de nossas mãos, basta movimentar-se e se reconhecer em OMO-OBA e iluminar infâncias. Aperte a minha mão e, juntos, entramos dentro de nossas sombras (...) (...) Me deito, no chão mais antigo da terra (...), que outras infâncias se iluminem e se reconheçam em OMO-OBA, histórias de princesas, Kiusam de Oliveira.

José Geraldo Neres

2 comentários:

  1. José Geraldo,
    Gosto muito desse espaço virtual de coisas novas e informações interessantes que é o blog "Outros Silêncios". Há aqui o teu constante e necessário empenho pela divulgação da literatura e das artes em geral. Tudo isso é louvor diante de uma realidade de poucos leitores e poucos apreciadores da arte.
    Parabéns pela resenha sobre o livro "Omo-Oba", o texto nos passa aquela boa vontade despertada para uma leitura daquelas que a gente coloca em nosso "baú de guardados"...
    Um abraço,
    Genny

    ResponderExcluir
  2. obrigado genny, faz um tempinho que faço divulgação cultural. ainda tento acreditar nesta utopia. creio que não conseguiria ser diferente. e assim vamos caminhando. obrigado pelo comentário (vou encaminhar para a autora), abraços.

    ResponderExcluir